terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Under pressure!




"Um ba ba bay
Um ba ba bay
Dee day duh
Ee day duh
That's Ok
It's the terror of knowing
What the world is about
Watching some good friends
Screaming 'Let me out'
Pray tomorrow gets me higher
Pressure on people, people on streets
Day day day
da da da dup bup
(..)
Why - why - why ?
Love love love love love
Insanity laughs under pressure we're cracking
Can't we give ourselves one more chance
Why can't we give love that one more chance?
Why can't we give love...?

give love give love give love give love give love give love give love give love...
'Cause love's such an old fashioned word
And love dares you to care for
The people on the edge of the night
And loves dares you to change our way of
Caring about ourselves
This is our last dance
This is our last dance
This is ourselves
Under pressure
Under pressure
Pressure"

Uma música linda pra $%#@%$&*% só porque hoje é TERÇA!!!!! E cantamos todos... Under Pressure! Mas sem perder a ternura jamais...

Beijos!

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Extremely loud & Incredibly close



***O texto abaixo contém spoilers muito leves!

Quando pensamos umas cinco ou seis maneiras falar um filme e todas elas nos parecem incompletas, invariavelmente é porque o filme é bom. Filmes ruins se resumem a descrições breves e não despertam mil e uma reflexões, rs.

Pois bem, tenho a dizer logo de início que Extremely loud... é um filme ímpar na capacidade de tratar de algo universal a partir de uma dor singular explorada sem excessos; um drama com dor e delicadeza na medida, atores inspirados e inspiradores e um ótimo roteiro (que agora descobri que é adaptado de um livro e já quero ler, lógico! : ). 

Uma primeira aproximação do filme através da sinopse: a história se desenrola a partir da dor da perda de um ente querido sob a ótica de um menino de 9 anos que possui um tipo/grau leve de autismo (em algum momento do filme fala-se em síndrome de asperger*).

*Aliás, não é à toa que Oskar Schell, o nome do garoto, me lembrou muito Max (da animação mais linda de todos os tempos Mary e Max! Falei sobre este filme lindo aqui).

Um dos pontos altos de Extremely loud... é justamente a direção de Stephen Daldry; mais especificamente, a química da direção com o ator que interpreta Oskar Schell. As particularidades pelas quais o portador dessa síndrome passa (dificuldade em processar e em expressar emoções, baixa interação social e dificuldade de adaptação à mudanças, entre outros) são apresentadas sem estereótipos e com uma sensibilidade nada óbvia, o contrário arrasaria com o filme. A edição e montagem também merecem elogios (queria poder citar cenas, mas seriam spoilers imperdoáveis!: ).

Acredito que um bom drama comporta uma dose de realismo e de reconhecimento que apaga a distância, a separação, entre a realidade e a ficção (ainda que por breves momentos). O espectador (ou leitor) se identifica com o personagem e o drama vivido a tal ponto que as diferenças entre o personagem e nós mesmos são momentaneamente suspensas. A tela não separa, une. O sentimento que experimentamos não é o de um outro, mas é um ressoar daquela experiência dentro de nós. 
Um bom drama não se limita, acredito, à roteiro, direção e atuação; ele se torna algo diferente da soma de todos esses elementos e ganha vida própria. Ele não se resume à situação apresentada e sua singularidade, mas ganha existência na percepção de cada pessoa que assiste o filme e se reconhece na tela, na humanidade e multiplicidade da dor, dos extremos da dor! Aquela que é sim demasiada quando vivida em isolamento, mas se torna indescritivelmente suportável quando compartilhada.

...Incredibly close - O título (que eu tb amei!) já chama atenção para essa proximidade e essa momentânea unidade advinda do encontro...

Através de um roteiro interessante nos transportamos gradualmente para um universo de dor que não é compreendido na sua totalidade à primeira vista, e nem poderia nunca. Onde faltam palavras capazes de enquadrar os sentimentos, sobra semelhança, identificação, pertencimento; este último tão caro à nossa capacidade de superação. Porque enquanto permanecemos "ensimesmados" na nossas dores, nos nossos arrependimentos, nos nossos mundinhos fechados; na terrível solidão de ser para dentro e não para fora, nesse lugar a dor é realmente indescritível e sufocante.... extremely loud! 
Mas a ação, a possibilidade de olhar para além de si, a busca de algo inevitavelmente leva ao outro e à chance de perceber que a vida pode ser de constante superação e reencontro. 
E isso pois a ação, o sair de si mesmo, leva não apenas ao conhecimento das diversas formas de lidar com dores, perdas, tragédias (a imensidão de vivências de dor); mas também ao encontro real com o outro; lugar onde a dor de cada um ganha uma nova dimensão.

Imperdível!


Beijos!



PS: Max Von Sidow é um dos atores que está muito bem no papel nesse filme; concorre hoje à noite ao oscar de ator coadjuvante e estou torcendo por ele! E Thomas Rorn, o menino que interpreta Oskar Schell, merecia um oscar de ator revelação, categoria que falta no oscar... ; ) 

PS2: Me recuso a usar o título que o filme ganhou em português... péssimo!

PS3: O trailer também é melhor deixar para lá: esqueçam! kkk

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Livros, livros e mais livros!


Acordei com vontade de livros... 

Vontade de ler (lógico, ; ), mas também de ter livros lindos que ando desejando, de cheirar, admirar e, também, viajar através dos livros...

Minha realidade este semestre será de não-viajante. Como "sofrer por antecedência" é característica péssima do meu ser e eu sou um espírito que gosta de sair do seu lugar, ando sentindo falta de novos voos loucamente! Ao mesmo tempo ando sem muito tempo para ler...

Muito tempo no mesmo lugar me faz mal; muito tempo sem ler, idem ao quadrado... ; ( 

Eis que, então, acordei pensando nos livros para ler, nos que estou lendo ou li recentemente, nos que quero comprar e ler um dia e nas histórias de algumas séries que ando com saudades. Para aquietar meu coração, resolvi fotografar alguns lindos aqui e dividir com vocês. ; )


1. O Festim dos Corvos: comprei na pré venda em novembro e chegou semana passada. Doida para ler, mas cadê o tempo para me debruçar em uma história que me prende loucamente a ponto de negligenciar o sono?

Em outubro do ano passado eu virei um zumbi lendo os três primeiros livros da saga de Martin seguidos... loucura deliciosa! rs

Daí que esse é um dos que não posso ler agora simplesmente porque estou cheia de trabalho e não tenho como assumir a falta de controle absoluto que fico com os livros das Crônicas de Gelo e Fogo!!!!! ; )

MUITAS saudades de John, Tyrion, Dayeneris, Bran, Arya e até do Jaime, haha.

Quem aí está lendo ou quer ler?




2. Livros do meu Projeto Literário 2012

Li Morte em Veneza no final de janeiro/início de fevereiro e foi um custo! Chato? Um pouco, mas o problema maior foi que eu não estava em clima para ler um livro desses: muito introspectivo, angustiante e complexo. Definitivamente não foi um bom encontro com Thomas Mann!

Agora estou lendo Dublinenses que é um livro de contos do Joyce: seguramente um livro bem mais interessante para o meu momento. Adoro ler contos quando estou atabalhoada porque normalmente são curtos e não deixo histórias pela metade por um longo tempo.


3. A Sociedade Literária e a torta de casaca de batata - Esse eu li em janeiro também e está aqui só para dizer que é um livro lindo!

Leitura de uma tarde ou duas: acreditem! Todo em forma epistolar e entrelaçando histórias de vida no pós segunda guerra na Inglaterra com o amor pelos livros...

Gosto de livros que tratam com delicadeza temas duros em demasia e nos permitem, com isso, acreditar no futuro, no homem e no amor. Junte-se à isso uma dose de humor inglês e eu leio inspirada. (No final do livro tem uma história tão louca que eu ria de cair no chão, kkk).

Confesso que não esperava muita coisa desse livro; comprei intrigada pelo título e por ter visto uma indicação que nem me lembrava onde tinha sido. Li em uma tarde e recomendo! ;)
Trecho de A Sociedade Literária e a Torta de casca de batata.

4. Contos de Horror do século XIX - esse é outro que estou lendo de forma lenta, mas muito prazerosa!

Os contos de horror, crime, mistério e fantasia são meu preferidos e esta seleção é muito boa! No meio tem A volta do parafuso do Henry James, o maior "conto" dessa coletânea (gostei, mas não foi um dos meus preferidos...).

Gosto particularmente de conhecer novos autores e anotar para futuros encontros.

Os que mais gostei até agora foram os contos do Conrad (A Fera), do Jacobs (o excelente "A Mão do Macaco" que eu já tenho em outra coletânea) e o do Pedro de Alarcón (A mulher Alta).

Uma ótima pedida para quem é fã e para quem quer conhecer o gênero!
Contos de Horror escolhidos pelo Manguel:  seleção diversificada e interessante!




5. Na fila de leitura!!!!

Tenho tantos livros na fila que foi difícil escolher os que mais quero ler para fotografar...

Certamente estes dois do Llosa estão entre os primeiros que quero ler (depois dos Corvos, haha): O Sonho do Celta é o último dele, se não me engano, e Os cadernos de dom Rigoberto foi indicado pela Renata como um dos melhores do Mario. Um dos melhores e eu não li? Aproveitei uma promoção de final de semana e comprei logo. Olha os lindos aí!

AMO as capas da Alfaguara... ; )
Que lindinha essa capa!

Eu fui a melhor Amiga de Jane Austen - Este livro parece uma graça! Indicação de uma amiga do Skoob que comprei pensando não só em mim, mas especialmente na minha filha que pode ler no futuro e se interessar por Jane Austen!

Compro muito livros indicados por pessoas queridas que sei que tem gostos parecidos com o meu ou que admiro. Raramente me decepciono...; )

O livro da Patrícia Highsmith foi presente de amigo oculto no final do ano de um aluno que sabe do meu gosto por suspenses; outro que quero muito ler. Novos autores sempre me dão uma ansiedade gostosa!

Cotoco. Diário de um menino de 13 anos foi o escolhido para o Carnaval e estou me divertindo, kkk. 
Um autor: coleções diferentes... Prefiro ter tudo da mesma linha editorial, e vocês?

Por fim, tem dois livros do Ítalo Calvino que comprei em promoções de final de ano muito baratos e quero ler. Um general na Biblioteca é um livro de contos reunidos pela esposa de Calvino. Como ando fascinada com o gênero e tenho outras obras do autor que discutem o conto quero ler!
As cidades invisíveis é um livro que tenho medo de ler pela nostalgia que certamente me provocará... Vou deixar para ler mais próximo da minha viagem futura!

(O post ficou enorme! Depois eu volto com querências literárias, rs)

E vocês, o que estão lendo, querem ler ou leram de bom estes dias?


Beijos e ótimo carnaval para quem curte e feriado para quem tem trabalho acumulado como eu! ;)












sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Resenha: Coração das Trevas

"Enfiei o livro no bolso. E lhes garanto que abandonar aquela leitura foi como ser apartado à força de uma velha e sólida amizade" (Conrad. Coração das Trevas. Companhia das Letras, pág. 63)


Ler Coração das Trevas foi uma experiência marcante! Eu demorei a entrar no livro; mas, quando o fiz, foi difícil me desfazer da força afetiva que a leitura teve sobre mim... tanto que só agora, mais de três semanas depois de terminar o livro, consigo escrever essa micro resenha. É assim que sou: me afasto, para poder me reaproximar de um modo que minha alma absorva o que vivi.

A característica mais marcante dessa obra do Conrad, na minha opinião, é a capacidade de transportar o leitor para uma  atmosfera própria que combina fascínio e horror. Interessante que a história é sobre uma viagem e o que o leitor sente é bem próximo às diversas sensações que uma viagem provoca: excitação com o novo, estranhamento, medo, fascínio, vontade de conhecer cada vez mais (o lugar, as pessoas), e, principalmente, um novo olhar sobre si mesmo a partir do conhecimento do outro/ do estranho... (Eu AMO viajar, quem me conhece há mais tempo sabe; e já tive viagens assim meio atormentadas, mas, como o protagonista da trama de Conrad, há algo que me leva a sempre querer viajar, conhecer novos lugares e ver como as pessoas vivem...).

Uma sinopse rápida: o livro trata de uma viagem de barco dentro da África (em um rio) narrada por um capitão inglês (Marlow). A época é a da colonização belga no Congo (o livro foi publicado em forma de fascículos no ano de 1899). Marlow tinha como missão conduzir um barco rio acima na busca de um integrante da Companhia de Comércio imperialista (Kurtz).

Quando você se envolve com o texto, é como se não apenas estivesse lendo a relação do personagem que narra a história (Marlow) com o rio, a floresta, as pessoas que ele encontra por lá e com o outro personagem central da trama (Kurtz); é como se você mesmo entrasse naquele rio tortuoso pelo qual Marlow se embrenha e em trevas que dizem respeito mais à alma humana do que físicas, palpáveis. Concordo com Mario Vargas Llosa que o tema principal do livro é o mal que experimentamos em nós mesmos. De uma forma sutil o binômio civilização e barbárie é questionado e transplantado para os nossos dilemas internos: desejo e repulsa. 

A edição que eu li é a de bolso da Companhia das Letras. Tem 121 páginas, letra um pouco pequena e traz também o conto Um posto avançado do progresso do próprio Conrad, bem como um comentário sobre as duas obras de Luiz Felipe Alencastro. Apesar de não gostar muito de edições de bolso (por conta da letra!), tenho que reconhecer que esta é muito boa, especialmente por contar com esses complementos.

Também me deparei com um conto de Conrad na obra "Contos de Horror" que estou lendo; o título é A Fera. Aliás, aproveito para comentar que essa seleção de Horror do Manguel é ótima! E o conto do Conrad é um dos melhores dessa coletânea. Para quem curte o gênero vale a pena!

Não sei se o mesmo ocorre com vocês, mas é bem interessante o quanto um novo livro, um novo autor sempre me leva a olhar tudo a minha volta de um jeito diferente (quando a experiência é boa, claro! rs). E, mais ainda: depois de um autor/livro nos marca tão fortemente, é como se passássemos a enxergar mais dele e sobre ele à nossa frente.

Foi assim que lembrei que tinha aqui em casa, no livro "Por que ler os clássicos", um comentário do Ítalo Calvino sobre o Conrad. No breve ensaio, Calvino ressalta que o que o levou a gostar tanto dos capitães de Conrad foi o fato do autor imprimir em seus personagens o "sentido  de uma integração com o mundo conquistada na vida prática, o senso do homem que se realiza nas coisas que faz, na moral implícita no trabalho, no ideal de saber estar a altura da situação" (Calvino, Ítalo. Por que ler os clássicos, Companhia das Letras, pág. 182.
Me arrepiei com a capacidade de Calvino em definir tão bem algo que Conrad transparece através dos seus personagens! Essa foi uma das coisas que senti ao ler outras obras do autor e ver, em personagens tão distintos, reflexões próximas. Gosto quando é possível enxergar um eixo de representação da vida através de personas diversas. Conrad definitivamente me conquistou; agora vou a procura de outras obras do autor!

Por fim (que post enorme para variar, rs), li também o ensaio do Mario Vargas Llosa sobre Coração das Trevas no livro "A Verdade das Mentiras" (para saber mais sobre o livro do Llosa e meu projeto literário  clique aqui).

Gostei muito do ensaio (e recomendo também)! Llosa escreve sobre a vida de Conrad e como esta se entrelaça com suas obras. Assim, mostra o quanto a ficção permite ir além do que vivemos e lidar com o que vivemos: transformar aquilo que não se pode viver ou entender/aceitar em palavras. Llosa comenta as atrocidades cometidas por Leopoldo II no Congo, à época em que Conrad lá trabalhou como capitão de navio da Sociedade Anônima Belga. De certa maneira, a ficção conradiana denuncia a tragédia humana que um só indivíduo em sua sede de lucro infringiu à milhares de pessoas e não permite que se esqueça a violência da empresa colonial européia. Ou seja, muitas vezes as "mentiras" da ficção permitem trazer à tona as verdades que alguns querem obscurecer.

(Quem se interessar pelo domínio e pela devastação que a exploração comercial do Congo causou através do "rei" Leopoldo II, com número de mortos comparável aos assassinados por Hitler, procure "O Fantasma do Rei Leopoldo" do historiador Adam Hochschild).

Por fim, só me resta deixar aqui algumas frases espirituosas do Conrad que guardei do livro (só as que não comprometem o prazer da descoberta, claro!).

"Entre nós havia, como já disse em algum momento, o laço do mar. Além de manter os nossos corações unidos apesar de extensos períodos de separação, ele tinha o efeito de nos tornar tolerantes às longas histórias - e mesmo às convicções - uns dos outros". 
(Conrad. Coração das Trevas. Companhia das Letras. pág. 9)

Eu nunca fui "do mar", mas mantenho esse tipo de ligação com muitos amigos e com meus primos que vivem muito, muito longe...

"Prefiro me entregar à preguiça e ficar só pensando em todas as coisas que podem ser feitas. Não gosto do trabalho - ninguém gosta - mas gosto do que o trabalho proporciona - a oportunidade de se encontrar. A sua própria realidade - para você, não para os outros - que nenhum outro homem terá como conhecer. Os outros só enxergam a mera aparência, e jamais sabem o que a pessoa de fato pensa" (Conrad. Coração das Trevas. Companhia das Letras, pág. 48)

Essa ética do trabalho está muito presente na obra de Conrad, como ressalta Calvino; também me identifiquei e fiquei um bom tempo pensando nisso... A nossa realização pessoal no trabalho e no estudo é uma experiência única e intransferível.

"É estranho como as mulheres não tem contato com a realidade! Vivem num mundo à parte; nunca existiu mundo semelhante, nem jamais poderá existir. É lindo demais em todos os aspectos, e se alguém fosse construí-lo haveria de se espatifar antes do anoitecer do primeiro dia. Alguma coisa execrável, com que nós homens  nos conformamos a viver desde o dia da criação, haveria de entrar em ação e derrubar aquilo tudo por terra" (Conrad. Idem. pág. 23)

Leia mais de uma vez antes de chamá-lo de preconceituoso e etc (uma vez que o fundamental certamente não é uma questão de gênero!). Eu, que sou uma pessoa de extremos, ora vivo na idealização de um mundo e de uma humanidade perfeitos, ora convivo com essa certeza da presença do execrável... Ah, ainda bem que  a literatura nos salva de nós mesmos e do desespero advindo de nossa condição finita! ; )


Beijos e saudades de papear aqui com vocês! Como acredito vocês já perceberam, está difícil manter uma disciplina de posts por aqui... Mas é muito bom compartilhar a vida mesmo que em breves momentos!


sábado, 4 de fevereiro de 2012

3x Ryan Gosling!


Ai, ai... ; )

Quando penso em Ryan Gosling, acho que é possível dar um novo sentido à máxima: "um é pouco, dois é bom e três é demais". Demais aqui é no bom sentido! Demaaaaais de tão bom! haha

Outro dia vi um filme com o Ryan e reparei que o que mais me chama atenção na atuação dele é a paixão e entrega que ele tem pelos seus personagens. É difícil eu gostar muito de um ator a ponto de ver o filme sem indicação alguma apenas pelo prazer de vê-lo na tela. O único ator que eu vejo qualquer filme em qualquer momento da minha vida é o Daniel Day-Lewis! Meu ator predileto para sempre! ; ) 
Dois dos filmes dele, aliás, também figuram na minha lista de melhores filmes de todos os tempos: "Em nome do pai" e "Meu Pé esquerdo"; incrível a atuação do Daniel nestes dois filmes!

Pois o Ryan me surpreendeu nos últimos três filmes que vi com a participação dele e acredito que ele está se tornando um excelente ator. Dois deles eu vi ano passado e o último agora em janeiro.

1. Drive


Muito bom esse filme! Gostei do roteiro nada óbvio, da estética toda (iluminação, figurinos, locações) e dos atores. O Ryan Gosling, em especial, está muito bem nesse filme.

A trama gira em torno do personagem de Ryan, que é dublê de filmes de ação durante o dia e motorista à noite. O resto da sinopse não tem a menor importância.

O relevante é a relação do personagem principal (driver) com o mundo: com a estrada, o seu carro e com as pessoas à sua volta. A analogia com o ato de dirigir, aliás, é bem interessante e a atmosfera criada não é a de um filme de ação qualquer; é um filme introspectivo e meio melancólico. 

Tem muitas cenas bonitas e uma direção de cena bem legal. É um dos filmes que mais gostei do ano passado! Vale a pena por tudo e, claro, pelo Ryan... rs


2. Blue Valentine (Namorados para Sempre, na tradução que ganhou por aqui)

Ai, esse filme é um drama sobre relacionamento tão bonito... Ele não tem nada de romance água com açúcar; é doloroso, intenso, belo e feio também, como todo amor real. Outro que tem um roteiro interessante (não vou comentar muito que estraga!), e atuações excelentes do Ryan Gosling e da Michelle Willians.

Aliás, devo dizer que eu tinha algumas restrições com a Michelle Willians; minha impressão era que ela interpretava todos seus papéis de forma muito parecida e tal. Mas nesse filme ela surpreende muito! Os dois estão ótimos nos (vários) papéis que interpretam no filme!

Eu sou super implicante com trailers: acho quase todos óbvios demais, mal feitos - apenas descrevem a história do filme e entregam tudo em vez de atrair a atenção. Um bom trailer é uma arte!
Mas esse de Blue Valentine eu amei! Vi depois de ter visto o filme (quase nunca vejo trailers antes - fecho os olhos no cinema, haha, muito louca!); mas achei tão bem feito que resolvi deixar aqui abaixo para quem por ventura não tenha visto o filme ainda.



Não é fofo? ; )

3. The Ides of march (Traduzido aqui como Tudo pelo Poder)

É MUITO charmoso esse Ryan!!! (Você também, George! ; )

Este último filme é o mais recente que eu vi (acredito que ainda está em cartaz). The Ides of March tem direção de George Clooney e trata dos meandros da política intra-partidária norte-americana. Mais especificamente, a trama se desenrola a partir dos bastidores de campanha dentro do partido democrata para a indicação do candidato do partido à presidência. 

Muitos jornalistas apontaram para o lado crítico do filme (e do diretor) em relação aos democratas e ao presidente Obama especificamente. Porém, eu achei fraco o filme como crítica política - a ideia presente é a de que todos se corrompem mais cedo ou mais tarde. Fato? Pode até ser (embora eu sinceramente não acredite nisso...), mas o roteiro não traz nada de novo e impactante e o filme perde folego nesse sentido.

Um dos pontos fortes é certamente a atuação de Ryan Gosling (kkk)! Ele interpreta muito bem o diretor de campanha que tem seu idealismo confrontado com o realismo político, o jogo partidário e midiático. Já G. Clooney não me convenceu com essa sua atuação (ele é o candidato do partido democrata mais à esquerda), achei que ele ficou apagado demais (que contraste com o filme Boa noite, boa sorte! e o George Clooney ótimo naquele papel!). 
Tudo pelo Poder conta ainda com outros atores que eu gosto muito: Philip Seymour Hoffman e Paul Giamatti e com a Evan Rachel Wood, que eu não conhecia, em um dos papéis principais.

Recomendo quase que única e exclusivamente pelo Ryan Gosling! rs


E vocês, já viram algum destes filmes? Gostaram? Recomendam algum outro com o lindo do Ryan? ; )


Beijos!