sábado, 20 de junho de 2009

Não é "vinho de combate"!


Eu, Sergio & Sergio participamos ontem de um curso de vinhos: "Uvas do Novo Mundo" - Tannat, Carmenére e Merlot.

Foi uma verdadeira profusão de experiências sensoriais! Os três vinhos escolhidos para a degustação me surpreenderam!

O primeiro era um dos três melhores Tannat do Uruguay segundo o professeur! Era um Tannat 100% do vinhedo Bouza, um vinhedo pequeno que produz ótimos vinhos e fica a 50 minutos de Montevidéu - o qual já super almejamos incluir no roteiro de uma viagem Argentina/Uruguay a ser plajenada para este dezembro! O mais interessante em tomar vinhos de primeira classe, na humilde opinião desta que vos escreve, é ver como o conjunto da obra é bem "amarrado": cores, odores e sabores.... Praticamente todos os nossos sentidos são aguçados por cada uma das características do vinho. Estava excelente! (Só não foi meu preferido porque não sou muuuuuuuuuuito fã de tanino forte e porque não tinha cordeiro para acompanhar, hahahaha!)

O segundo, Alto de Piedra, foi eleito melhor Carmenére do Chile em 2006! O vinhedo é De Martino e bebemos a safra de 2007. A carmenére é, de longe, minha uva preferida. Sem conhecer de vinhos eu sentia (os vinhos desta uva que eu já tinha provado) como mais suaves ao meu paladar e mais "equilibrados" por assim dizer. Daí que agora que estou "metida" a entendida, tendo feito apenas este curso (hahaha!), descobri que isso é porque o vinho é mais macio: tem menor acidez (em função dos taninos) acentuando, levemente eu diria, o álcool (coisa que eu gosto mesmo!). A cor desse vinho era um púrpura maravilhoso e os aromas... Humm.. O preferido da noite, certamente!

O terceiro estava classificado em duas listas diferentes como "um dos cem melhores vinhos do mundo" - Merlot Estate da Colomé! Muito bom mesmo (preferido do pucuruco!). De uns tempos para cá minha aversão inicial à Merlot tem desaparecido (diretamente proporcional ao consumo de bons vinhos merlot?). Também me chamou a atenção pelos aromas: cereja, ameixa (onipresente?!) e a pimenta branca que é uma das minhas preferidas! (Todos eles devidamente identificados pelo professeur, que ainda não tô na fase de distinguir tudo isso! Mas aprecio!)

Enfim, depois dessa orgia vinífera, o professeur solta essa falando de uma vinícola chinfrin citada impropriamente nesse momento sublime: "Ah, esse aí é um vinho de combate"! hahaha! Vinho de todo dia é vinho de combate minha gente! Adorei isso! Daí que eu adoooooooooooro tomar um vinhozinho de combate diário... Mas tomar estes aí specials foi tudo de bom! Outra coisa linda: tomar na companhia do pucuruco todo alegrinho (hehe!) e do Sergio, amigo querido e grande apreciador da boa vida! (Ah, não mencionei que ele preferiu o Tannat, dexando de lado o amado Merlot!)


Bjs




Esse blog é bem legal e vale a visita! O link acima é da resenha do vinho De Martino Carmenere 2007 Reserva (Não bebi o Reserva! Mas compartilhei com ele algumas das características percebidas no vinho, especialmente a maciez - tô amando esse adjetivo!! Leia-se "boa acidez, pouco tanino", um tanino aveludado, como ele bem definiu! Amei!). Além de boas resenhas sobre o vinho, o blog tem como epígrafe esta linda poesia do Mario:

Por mais raro que seja,
ou mais antigo,
Só um vinho é deveras excelente:
Aquele que tu bebes calmamente
Com o teu mais velho e silencioso amigo...

Mário Quintana - Do sabor das coisas