sábado, 28 de janeiro de 2012

"Immigrant Song" e a sequência de abertura de The Girl with the Dragon Tatoo! (na versão norte americana)

Acho que não estrago o prazer de ninguém mostrando a MELHOR abertura de filme dos últimos tempos! <3

SURTEI com essa abertura ontem quando vi o filme! Só isso já basta para ir ao cinema ver a adaptação de David Fincher para a primeira parte da trilogia Millenium (falei da minha relação com a obra do Larsson aqui); mas tem também um bom roteiro adaptado, boas atuações e, no conjunto, um filme que tem tudo para ser um dos melhores do ano.

Só de implicância, preciso dizer que a única coisa que não gostei foi a maquiagem da Rooney Mara como Lisbeth Salander... (Não adianta que não gosto do visual sem sobrancelhaaaaa! E faltaram tatoos, na minha opinião. rs). Mas a atuação dela foi muito interessante.

Fora a abertura (que é nota mil e merece um prêmio! Demais mesmo!), o que eu mais gostei no filme foi poder apreciar como tudo foi bem executado: a montagem, a trilha sonora e a edição de imagens, especialmente. Alguns atores estão muito bem; fora a Rooney Mara e o Daniel Craig ; ), gostei do Christopher Plummer e do Stellan Skarsgard. Não me surpreendi quando vi que o diretor é o mesmo filmes de suspense com bons roteiros e direção; como Se7en e O quarto do Pânico - além de Clube da Luta - outro que gosto dele, ainda que de outro gênero. Uma característica do diretor, na minha humilde opinião de leiga, é a uma certa agilidade visual - montagem/edição (como no recente A Rede) - contrabalançada com a música e sobreposição de imagens nas sequências mais lentas. Eu gosto desse estilo e achei que ficou bom no filme da dupla Salander/Mikael.

Agora a abertura (repito sim!) é imperdível! Amei essa música - Immigant Song - e a sequência toda; um trabalho de arrepiar! ; )
Enjoy!

(Cliquem para ver na tela inteira! Vale a pena!)




E quem mais já viu o filme? ; )


Beijos!

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

O coral da Essie, o "verão", os paraísos e o Veríssimo

Coral Reef da ESSIE

Flash fail total; ficou laranja, mas é coral, CORAL mesmo! Mas eu amei a foto e quis colocar aqui mesmo assim... ; )

Eu não sou uma pessoa do verão. Definitivamente sou outonal e invernal por natureza; muito verão me faz mal... Fico mole, sonolenta, melancólica (sim, é possível, gente! O dia lindo lá fora e eu lembrando da infância e dos verões passados, aqueles que eram bons... rs). Aliás, eu sou o tipo de pessoa que gosta de lembrar; que adora conversar sobre lembranças e que sorri no meio do nada imaginando algo bom que passou, que sonhou ou que virá... E para sonhar nada melhor que um tempo ameno e flores no jardim, certo? O verão acaba com minhas energias mentais...

Por tudo isso, passei o Coral Reef da Essie para ver se me transmitia por osmose uma energia veranil; nunca se sabe, não é? (rs). E um esmalte festivo e vibrante assim é o máximo que eu aproveito feliz do verão. Praia e sol eu estou fora! Por vários motivos...

Uma pequena anedota real da minha vida pode dar a vocês uma idéia do que eu passo na praia. Eu tinha um ano e meio e minha mãe me levou à praia com minha irmã dois anos mais velha. Diz ela que foi a primeira vez que eu fui e que Deborah (minha irmã) exalava satisfação e uma alegria contagiante (a Debinha é TOTAL verão!). Minha mãe me levava no colo quando começou a ouvir: "Ai, ai!". "O que foi filha?" E eu: "o sol está me incomodando" (A verdade é que estávamos em Honduras, terra da minha mãe, e eu falava em espanhol "me molesta el sol!"; fica mais bonito em espanhol! ;)). Ela me colocou no chão e pegou logo o chapeuzinho que tinha na bolsa: "ai, ai" continuei. "O que foi Denise?". "A areia me incomoda!". kkk
Em uma última tentativa, minha mãe me levou ao mar onde Deborah já devia estar brincando feliz da vida... "ai, ai!". "O que foi agora Denise?"; "Me incomoda a água!"... E assim sou eu até os dias atuais: uma fresca! haha

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Tirei outra foto para poder mostrar a cor original do esmalte! Agora sim! Yey!

De quebra mostro o lindo do anel "asinha" usado no meio do dedo, adoro!

Outro dia estava lendo o novo livro do Veríssimo (Em algum lugar do Paraíso) e me identifiquei na hora com a referência e a relação do escritor com o verão, o mar e o calor. Do livro como um todo não gostei muito, para ser sincera...
Mas tomo a liberdade de reproduzir trechos da crônica que eu mais gostei: "Víamos os nossos pés" - para o deleite dos amantes da temperatura amena! ; )


A edição é primorosa: a capa e o miolo estão lindos!

"Víamos os nossos Pés

O outono é a única estação civilizada. A primavera é um descontrole glandular da natureza. O inverno é o preço que a gente paga para ter o outono, e por isso está perdoado. O verão é uma indignidade. Eu deveria ser um par de garras serrilhadas escapulindo pelo chão de mares silenciosos, ou pelo menos um falso inglês como o Elliot. Clássicos ao pé do fogo, um vago cachorro e sherry seco contra o catarro. Um gentleman não deve suar, meu caro. As frutas têm suco, não um inglês. (...) Quando chega o verão começo a me imaginar em Londres, estocando meus tintos para o inverno. Mas é claro que não aguentaria duas semanas como inglês sem começar a maldizer a umidade e a sonhar com o sol.

Mas não sou uma pessoa tropical. Minha terra preferida é o outono em qualquer lugar. No outono as coisas se abrandam e absorvem a luz em vez de refleti-la. É como se a Natureza etc. etc. (O verão não é uma boa estação para a literatura descritiva. Me peça o resto da frase no outono).

Sempre digo que a praia seria um lugar ótimo se não fossem a areia, o sol e a água fria. É só uma frase. Gosto do mar. O diabo é que a gente sempre tem na cabeça um banho de mar perfeito que nunca se repete. O meu aconteceu em Torres, Rio Grande do sul, em algum ano da década de 50. (..)

Víamos os nossos pés, embora a água estivesse pelo nosso pescoço, e como eram jovens os nossos pés. Havia algas no mar? (...) Não, a água estava límpida como nunca mais esteve. Os únicos objetos estranhos no mar eram os nossos pés, e como isso faz tempo. Até que horas ficamos na água?  Alguns anoiteceram dentro d'água e estariam lá até agora se não tivessem que voltar para a cidade, se formar, fazer carreira, casar, envelhecer, essas coisas.

Como o cronista explica sua aversão ao verão depois de tais lembranças? É que eu não gostava do verão. Gostava de ser mais moço."
Luis Fernando Veríssimo, Em Algum lugar do Paraíso. Objetiva, 2011.



O meu banho de mar perfeito
Janeiro de 2005, Ilha de Roatán na praia West Bay com minha família naquele mar maravilhoso da minha outra pátria! Minha amada avó entrando na água com um sorriso de criança... Clara (minha filha) com 6 anos perdendo o medo, descobrindo e amando loucamente o mar azul transparente dessa linda Ilha do Caribe hondurenho.... Inesquecível! Fiz até trancinhas no cabelo naquele verão... E, sim, claro: víamos os nossos pés... todos eles!

Praia de West Bay, Ilha de Roatán, Honduras.
Um dos meus paraísos nessa terra...
(Fonte da imagem: Madeincentralamerica)


Beijos!


PS: E para quem é do verão: bom proveito!

PS2: Quem aí tem um banho de mar inesquecível para contar?





quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Projeto Literário 2012: Diálogo com "A Verdade das Mentiras"



Todo romance é uma mentira? Toda mentira ou invenção presente nos romances é completamente diferente da vida "real'?

O ponto de partida de Mario Vargas Llosa no livro A Verdade das Mentiras é justamente o questionamento de qual é a verdade dos romances (ou a mentira que os romances trazem à tona, poderíamos dizer). Em paralelo, o autor se preocupa no incômodo que muitos romances causaram  em diversas sociedades ao longo do tempo,  a ponto de serem proibidos; e com a diferença entre história e ficção e os usos que governos totalitários fizeram da literatura.

O que o romance, a ficção, revela sobre a realidade? Ou o que a ficção provoca nas pessoas que pode incomodar?

"Todo bom romance diz a verdade e todo mau mente. Porque 'dizer a verdade' para um romance significa fazer o leitor viver uma ilusão, e 'mentir' ser incapaz de conseguir esse engano, esse logro."
"(...) por mais delirante que seja, ela (a fabulação) afunda suas raízes na experiência humana, da qual se nutre e à qual alimenta."
"Porque querer ser diferente do que se é tem sido a aspiração humana por excelência. Dela resultou o melhor e o pior que a história registra. Dela também nasce a ficção"

"Quando lemos romances, não somos o que somos habitualmente, mas também os seres criados para os quais o romancista nos transporta. Esse traslado é uma metamorfose: o reduto asfixiante que é nossa vida real abre-se e saímos para ser outros, para viver vicariamente experiências que a ficção transforma como nossas. Sonho lúcido e fantasia encarnada, a ficção nos completa - a nós seres mutilados, a quem foi imposta a atroz dicotomia de ter uma única vida, e os apetites e as fantasias de desejar outras mil. Esse espaço entre a vida real e os desejos e as fantasias, que exigem que seja mais rica e mais diversa, é preenchido pelos livros de ficção".
"Somente a literatura dispõe de técnicas e de poderes para destilar esse delicado elixir da vida: a verdade escondida no coração das mentiras humanas."

Ficção x História (ou da literatura como Protesto!)

"Porque a vida real, a vida verdadeira, nunca foi nem será suficiente para satisfazer os desejos humanos. E porque sem essa insatisfação vital que a s mentiras da literatura, por sua vez, incitam e aplacam, jamais existe um progresso autêntico"
"Graças à ela (a literatura) somos mais e somos outros, sem deixar de ser nós mesmos. Nela nos dissolvemos e nos multiplicamos, vivendo diversas outras vidas além da que temos e das que poderíamos viver se permanecêssemos confinadas no verídico, sem sair do cárcere da história"
"Os homens não vivem somente da verdade; as mentiras também lhes fazem falta; as que inventam livremente, não as que lhes são impostas; as que se apresentam como o que são, não as contrabandeadas com a roupagem da história. A ficção enriquece sua existência, completa-a e, transitoriamente, compensa-os dessa trágica condição que é a nossa: a de desejar e sonhar sempre mais do que podemos alcançar".

(Todos os trechos acima em itálico são da introdução da obra A Verdade das Mentiras de Mario Vargas Llosa)
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Mario Vargas Llosa é um dos meu autores preferidos! Tenho quase todos os seus livros e já li a maioria. A Verdade das Mentiras, entretanto, ainda não li, pois é um livro que fala da literatura a partir dela mesma - os capítulos do livro são ensaios sobre grandes romances do séc. XX. O diálogo com Llosa pressupõe, portanto, a leitura dessas obras. Poderia até ser lido sozinho, acredito, mas eu guardei para ler em conjunto dos romances sobre os quais ele escreve. 




Como eu já tinha comprado aos poucos vários livros que o Llosa comenta e queria ler, decidi fazer uma programação para 2012 nesse sentido. Minha lista tem apenas o Cortázar de intruso, já que ele não figura em nenhum ensaio do escritor peruano neste livro. Mas, como tenho outra obra de Llosa que dialoga com o Cortázar, e como já queria ler, incluí mesmo assim! ; )

A minha proposta, portanto, é ir lendo os romances e, em seguida, o ensaio correspondente de Llosa (bem como outros textos analíticos que eu tenha por aqui ou que me indiquem! ; ). É algo que eu sempre quis fazer: ler um romance e dialogar com outros admiradores da obra, escritores e acadêmicos!

Quem se anima? ; )




A minha lista está bem magrinha (comparada aos 36 livros comentados por Llosa!). Não incluí todos os livros por vários motivos. Primeiro, porque continuarei lendo outros livros também por fora, (sou vidrada em suspense, fantasia e ainda tenho muitos aqui na fila! Isso fora os livros para os cursos e projetos que eu tenho que ler! rs). Além disso, dei prioridade aos livros que eu já tinha aqui em casa e alguns poucos que me interessam muito para além dos que já tenho (e que terei que fazer uma busca para adquirir já que não são livros fáceis de encontrar!).
Por último, eu tenho várias outras obras de alguns dos escritores que o Llosa comenta; então pretendo ler mais de uma obra por autor, caso role muita empolgação! E isso porque eu costumo ficar fanática quando gosto mesmo de um escritor, hehe.

Sem mais delongas, segue minha lista:


JANEIRO
O Coração das Trevas (1902) – Joseph Conrad (Já comecei e estou gostando!)
Morte em Veneza (1912) – Thomas Mann

FEVEREIRO
(Um mês meio tenso, já que volto a trabalhar e otras cositas más... Só me programei para um livro do projeto, rs)

Dublinenses (1914) – James Joyce




MARÇO
Mrs. Daloway (1925) – Virginia Woolf
O Grande Gatsby (1925) – F. Scott Fitzgerald

Um pequeno grande parênteses: 
Eu ganhei de uma pessoa que adorava literatura norte-americana e inglesa uma pequena biblioteca. Um dos autores que ela me deu quase a obra completa é o Fitzgerald - por isso tenho o Grande Gatsby em três línguas! Eu já gostava dele, mas só li seus contos e em português. Então penso que é uma oportunidade de voltar a ler e estudar inglês e aproveitar essa mini biblioteca deliciosa que eu herdei! ; )

Algumas fotos da minha mini biblioteca para os viciados em livros como eu:

Poe, D. H. Lawrence, Capote, Fitzgerald e outros!

Aldous Huxley, Faulkner e também Charlotte Bronté!

Peço desculpas pela qualidade das fotos! Muito mal iluminado esse quarto aqui em casa ; (
E essa alma caridosa e amante de literatura também me deu alguns livros de especialistas: Tenho ou não tenho o dever de aproveitar tudo isso????

E aqui o que tenho do Fitzgerald em português, além do Gatsby!

Continuando com a lista! ; )

ABRIL
O lobo da estepe (1927) – Herman Hesse
Santuário (1931) – W. Faulkner

MAIO
Admirável Mundo Novo (1932) – Aldous Huxley
A Condição Humana (1933) – André Malraux

Os livros que eu já tenho do projeto todos juntos!

JUNHO
O Poder e a Glória (1940) – G. Greene
Fim de Caso (1951) – G. Greene

JULHO
O Estrangeiro (1942) – A. Camus
A Revolução dos Bichos (1945) – George Orwell (Esse vai ser releitura!)

AGOSTO
O Velho e o Mar (1952) – Ernest Hemingway
Paris é uma Festa (1964)– Ernest Hemingway

SETEMBRO
Lolita (1955) - V. Nabokov
House of Sleeping Beauties (1961) – Yasunari Kawabata

OUTUBRO
The Golden Notebook (1962) – Doris Lessing
(Da Doris Lessing tenho Instruções para uma viagem ao Inferno e quero aproveitar para ler também).

NOVEMBRO E DEZEMBRO (OVERDOSE DE CORTÁZAR, rs)
Armas Secretas (1959) - Cortázar
Todos os Fogos o Fogo (?) - Cortázar
Jogo da Amarelinha (1963) - Cortázar


E é isso! Estou bem feliz com meu projeto literário para 2012! ; )
Vou tentar postar sobre o andamento aqui, mas escrevo mais sobre as leituras no Skoob (aqui). Quem aí usa o skoob? (Fora a Fabíola que eu já sei que tem e aliás explica aqui tudo sobre o skoob)

Alguém já fez planos de leitura para o ano também? Me contem!


Beijos!

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Torta Caprese do Celidônio: uma das minhas tradições culinárias! ; )

300g de amêndoas e 150g de chocolate meio amargo = DELÍCIA!

Close nos pedacinhos de amêndoa... Humm!

Acho que a única coisa que eu sei fazer MUITO bem na cozinha é torta! haha

E essa de amêndoas com chocolate já virou uma das minhas tradições de começo de ano. Fiz ontem e lembrei de tirar foto para socializar essa maravilha com vocês! (Tudo bem que podia ter dado a dica antes das festas... mas a intenção é o que vale! rs).

A receita é do Celidônio: adoro várias das saladas e dos doces que ele ensina em seus livros! Atualmente, ele publica todo domingo na revista do jornal O Globo. Essa de Torta Caprese saiu em um especial sobre receitas da Ilha de Capri de 2001!!!! Desde então eu guardo e venho repetindo a receita quase todos os anos.

A única coisa é que coloco um pouco menos de manteiga (150g) e um pouco menos de açúcar (200g). Sempre diminuo um pouco o açúcar das receitas, já virou mania!


Torta Caprese e outras delícias!

Para facilitar, deixo abaixo a receita da Torta Caprese já com as modificações que eu fiz:

300g de amêndoas cruas (sem pele e picadinhas)
150g de chocolate meio amargo em raspas
200g de açúcar
150g de manteiga (ou um pouquinho mais ; ) ;temperatura ambiente)
5 ovos (Separar as gemas das claras)
1 colher de sopa rasa de farinha de trigo
1/2 colher de café de fermento

Misturar as gemas, a manteiga, o açúcar e o chocolate ralado. Depois acrescentar as amêndoas picadinhas, a farinha e o fermento e incorporar. Por último, acrescentar as claras batidas em neve. Assar em forma de 25c de diâmetro em fogo médio por 30-40 minutos. Servir com chantili ou sorvete de creme e um baita sorriso nos lábios. ; )

Não é fácil?

E amêndoa com chocolate é uma dessas combinações perfeitas que alegram a vida de qualquer ser humano, rs. Igual a nozes com baba de moça ou cheesecake de cassis: just perfect! <3


Beijos!